Yúri Gagárin tornou-se grande subitamente. Isto aconteceu em 12 de abril 1961 quando ele realizou o seu vôu histórico para o espaço. Gagárin deu apenas uma volta em torno da Terra e se eternizou na história da Humanidade. Foi uma grande façanha! Por essa façanha ele sempre será lembrado, serão inaugurados monumentos para ele, cantadas canções sobre ele, nomeadas cidades, distritos urbanos e praças com o nome dele. Mas não apenas essa façanha é o homem. Muita coisa ainda até hoje não é amplamente conhecida, apesar de que há canções e condecorações a respeito delas... Na Cidade Estrelar onde moram todos os cosmonáutas russos existe o Museu de Gagárin. Entre outros artigos há neste museu uma condecoração entregue ao Gagárin no Brasil, aonde ele foi alguns meses depois do seu vôu espacial. É a Cruz do Aeronáuta Emérito, chamado de Cruz Santos Dumont - o primeiro aeronauta do Mundo, segundo a opinhão do grande escritor russo Alexandre Kuprin. ”Nos fins dos anos noventa do século XIX, os irmãos Wright, norte-americanos, anunciaram a sua primazia no vôu livre no aparelho mais pesado que o ar, ao pairar sobre a terra por cinquenta e nove segundos. Porém, é duvidoso o seu direito à primazia, pois, não voaram, mas planaram, cairam como uma folha de papelão jogada da janela do segundo andar, - escreve Kuprin. - O primeiro verdadeiro vôu, pensamos nós - foi na realidade realizado por Santos Dumont, alguns meses passados, que no seu aeroplano DEMOISELLE desenhou uma exelente figura em oito entre dos topos do Paris - a Torre Effeil e Notre Dame de Paris... Nasceu ele na Amárica do Sul, no Brasil, na cidade de Santos. Os pais dele, imigrantes franceses, donos de um cafezal, foram pessoas abastadas e não pouparam nada para dar uma boa educação ao seu filho que não era difícil, pois o rapaz se destacava por brilhantes aptidões... Em doze anos de idade ele nadava incansavelmente como um índio, sabia dirigir bem a vela, andava a cavalo como um gaucho, sem receio a pé e a cavalo subia vias montanhosas perto de profundos abismos de cuja profundidade nebulosa ouviam-se ruidos de fozes invisíveis. Ele foi um brilhante mestre em construir e lançar papagaios; neste arte nobre não havia ninguém igual a ele dentre os seus coetâneos não só no Brasil, mas possívelmente em toda a América do Sul a não ser no mundo inteiro. Aos seus brinquedos celestes ele sabia dar uma forma de aves de azas agudas a pairar e ligeiras libélulas, e quando eles semi-diáfanos, lustrosos, quase não vistos no sol, emperravam com força o fio da mão do menino, os seus olhos negros que olhavam para o céu, brilhavam de uma alegria violenta...”. Assim escreve Alexandre Kuprin na sua novela “Tapete mágico”. Em 28 de julho, 1961 o Primeiro Cosmonauta do Planeta Yúri Gagárin veio à pátria desse homem. Ele veio em uma missão extremamente importante do Governo do seu país. A missão dele tocava no reatamento das relações diplomáticas entr os dois maiores países: o Brasil e A URSS. Gagárin cumpriu-a com exito. A mensagem governamental foi entregue pessoalmente ao Presidente do Brasil. Alguns meses passados, em novembro de 1961 as relações foram reatadas para, esperamos nós, nunca mais romper. Foi uma visita de duas semanas. Gagárin esteve na nova, récem-inaugurada capital, no sepmpre alegre Rio e laborioso São Paulo. Sempre foi encontrado com festa e carnaval. Não existia no mundo naquela altura um homem mais conhecido que Gagárin. Não hávia nehuma canção no Brasil mais conhecida que esta: Gagarim subiu, subiu, subiu, Foi até o espaço cideral, Chegou perto da Lua e decidiu, Vou-me embora p’ro Brasil Que o negóssio é carnaval. Não há nada ocasional. Pois, não é ocasional que Gagárin teve a honra de iniciar a regularização das relações entre o Brasil e a Russia. E não é por acaso que no Distrito da capital da Rússia que leva o nome de Gagárin surgiu a escola onde os alunos aprendem portugês, a língua do Brasil. |